De acordo com um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a quarta causa de morte mais comum no Brasil entre os jovens de 15 a 29 anos. Os dados foram revelados em uma reportagem feita pelo portal R7.
Falar sobre suicídio nas escolas, portanto, é importante para evitar que esse problema continue acontecendo e tirando a vida de tantos jovens. Para se ter uma ideia, o presidente do Centro de Valorização da Vida (CVV), Robert Paris, em entrevista à revista Galileu, declarou que 90% dos casos podem ser evitados.
Para trazer o suicídio nas escolas para o debate, portanto, é preciso conhecer quais são os fatores sociais e emocionais que fazem com que os jovens pensem em tirar a própria vida. Além disso, é preciso saber quais são as medidas corretas a serem tomadas nas instituições de ensino. Falaremos sobre esses tópicos na sequência. Confira!
Que fatores emocionais e sociais podem levar os jovens ao suicídio?
São diversos os fatores emocionais e sociais que podem levar os jovens a pensarem em suicídio. É importante que os professores, coordenadores pedagógicos e outros profissionais da escola fiquem atentos a esses sinais.
Assim, caso perceba que algum aluno da escola possa estar pensando em atentar contra a própria vida, a coordenação deve conversar com os pais do estudante, para que uma ajuda psicológica seja buscada.
Veja alguns dos principais fatores que podem levar os jovens a cometerem suicídio nas escolas.
Depressão
Recentemente, foi bastante divulgada na mídia a morte de Yasmin Gabrielle, de apenas 17 anos. A jovem, que, quando criança, foi destaque em apresentações no Programa Raul Gil, do SBT, cometeu suicídio depois de enfrentar um longo período de depressão.
Segundo o portal TV Foco, Gabrielle perdeu a mãe e um irmão recentemente, o que teria motivado a depressão. Esse caso, infelizmente, não é isolado, sendo a depressão um dos principais fatores que levam os jovens a pensarem em tirar a própria vida.
Os jovens com depressão têm um comportamento típico, como apresentar sinais de tristeza, isolamento e falta de vontade de sair com amigos, ir à escola e ter uma vida social.
Bullying
A série 13 Reasons Why, da Netflix, narra a história de Hannah Baker, uma jovem estudante que é vítima de bullying e comete suicídio. Muito embora se trate de uma história fictícia, não são poucas as vivências similares a essa que são veiculadas diariamente nos jornais.
Para que o suicídio nas escolas seja evitado, é preciso estar atento para que casos de bullying não aconteçam. Outras situações, como o estupro virtual, também merecem atenção, para que as vítimas não se sintam amedrontadas, com baixa autoestima e vontade de tirar a própria vida.
Problemas amorosos e familiares
A adolescência é uma época da vida em que o jovem está se descobrindo e vive tudo com muita intensidade. Ele ama demais, odeia demais, se emociona demais. Por isso, um relacionamento amoroso que não dá certo também pode desencadear um quadro de tristeza profunda e levar à depressão.
Ainda falando sobre sentimentos, a falta de diálogo e problemas de relacionamento com os pais podem fazer com que os jovens não se sintam amados o suficiente e, assim, tentem a morte.
Álcool e drogas
O uso de álcool e drogas não é benéfico em nenhuma faixa etária, mas, na adolescência, o consumo é ainda mais grave. O jovem que está passando por momentos de frustração ou angústia pode ver nos tóxicos uma maneira rápida de solucionar os seus problemas.
O problema é que essas substâncias alteram as funções cerebrais, podendo fazer com que sejam desencadeados pensamentos autodestrutivos, o que leva ao suicídio nas escolas.
Que medidas podem ser tomadas para reduzir os índices de suicídio nas escolas?
Como você pôde perceber, o suicídio nas escolas não é apenas um problema das instituições de ensino, mas sim uma questão social, de saúde pública. Os colégios, porém, têm o dever de tomar medidas para diminuir esse tipo de acontecimento. Acompanhe, a seguir, algumas dicas!
Incentive a construção de vínculos entre funcionários e alunos da escola
Os professores, bibliotecários, porteiros, merendeiros, coordenadores pedagógicos, diretores, entre outros profissionais que fazem parte de uma escola, precisam ser incentivados a ter um vínculo de confiança e amizade com os alunos.
A ideia é que os jovens se sintam acolhidos e à vontade para se abrir e explanar questões que os deixem tristes ou desmotivados. Assim, os colaboradores da escola poderão orientá-los e avisar seus pais e a instituição sobre o caso, para que as melhores medidas a sejam tomadas.
Promova o autoconhecimento
As pessoas precisam ter autoconhecimento, saber quais são as suas forças e fraquezas, para que, assim, possam lidar melhor com as diversas situações do dia a dia.
Para que ao alunos tenham mais autoconhecimento, a escola pode promover palestras sobre o assunto, propor atividades psicopedagógicas etc.
Pratique a pedagogia de presença
A pedagogia de presença é uma técnica em que os professores são orientados a ser mais presentes na vida dos alunos, em vez de apenas passar conteúdos na sala de aula.
Entre as práticas que podem ser realizadas, está solicitar aos alunos que escrevam cartas sobre os seus sentimentos, de forma anônima, para que sejam lidas pelos professores. Colocar o que se sente para fora pode indicar aos professores novas maneiras de agir.
Tome cuidado com os conteúdos acessados nos computadores da escola
Um assunto que recentemente gerou bastante polêmica na mídia e nas redes sociais foram os supostos vídeos do YouTube Kids, versão do YouTube moderada para o uso por crianças, que eram invadidos pela boneca Momo, uma personagem que induz as crianças e adolescentes a se mutilar e cometer o suicídio.
De acordo com o portal R7, se trata apenas de fake news, os vídeos com a Momo existem, mas não no Youtube Kids, mas o caso serve de alerta para que os professores e funcionários atentem para o que os alunos acessam nos computadores da instituição de ensino.
Para verificar que conteúdos são acessados nos computadores das escolas, uma boa prática é instalar programas que monitorem a tela dos dispositivos. Além de monitorar a tela é importante um sistema que permita controlar os sites acessados e monitorar as palavras usadas em buscas e chats.
No decorrer deste post, você pôde perceber como falar sobre suicídio nas escolas e desenvolver ações para que ele deixe de ocorrer é importante. Não deixe de aplicar essa conduta na sua instituição!
E como esse assunto é de grande relevância, que tal compartilhá-lo em suas redes sociais?