A depressão na escola é um problema sério, que pode prejudicar o desempenho dos alunos, sua vida pessoal e, em casos mais graves, levar ao abandono dos estudos ou até mesmo ao suicídio. A depressão é uma das principais causas de adoecimento entre os jovens e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1 em cada 5 adolescentes sofre com problemas de saúde mental.
A detecção precoce da doença pode ajudar muito a evitar os diversos prejuízos que ela traz para a vida escolar dos alunos. Por isso, é importante que professores e demais profissionais do setor de educação — bem como os pais e familiares — estejam preparados para saber reconhecer esse quadro e agir adequadamente para enfrentá-lo.
Quer entender quais são as principais características da depressão na escola e como identificá-la? Continue a leitura e confira!
Quais são as causas da depressão na escola?
Diversos fatores podem causar a depressão na escola, como influências genéticas e estresse crônico — que pode precipitar o problema em pessoas que tenham predisposição.
Na adolescência, época da vida em que várias mudanças corporais e comportamentais acontecem, podem ocorrer complexos emocionais, aumentando os riscos de desenvolver a doença.
Existem alguns fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão, como:
- histórico familiar de depressão;
- falta de apoio ou relacionamento conturbado com os pais e familiares;
- dificuldade para fazer amigos;
- violência física ou sexual;
- rejeição pelos colegas ou bullying na escola.
Quais são os sintomas da doença?
A depressão na escola apresenta uma série de sintomas, aos quais os responsáveis pelos alunos devem estar sempre atentos. Nem todos os estudantes com sintomas, necessariamente, receberão o diagnóstico de depressão, mas é importante que todos os sinais ou queixas dos jovens sejam levados a sério. Os principais sintomas da doença são:
- quedas no rendimento escolar do aluno;
- falta de interesse pelas atividades de que costumava gostar;
- isolamento social e mudanças no convívio com colegas ou professores;
- falta de energia ou entusiasmo;
- tristeza, ansiedade ou irritabilidade;
- insônia e problemas alimentares;
- baixa autoestima;
- perda de concentração.
Em pessoas com depressão, os sintomas costumam ser persistentes e não melhoram com o tempo. Mesmo alunos que apresentam os sintomas em baixa intensidade devem ser acolhidos e encaminhados para atendimento por profissionais de saúde mental, para evitar que a doença se instale.
Como ela afeta a vida escolar do aluno?
A depressão na escola pode fazer com que o aluno passe a enfrentar dificuldades que não tinha antes, como a manutenção de um bom rendimento escolar.
Além disso, os estudantes podem se isolar e evitar contato com os colegas, trabalhos em grupo e demais atividades importantes para sua formação.
Em alguns casos, problemas mais graves como reprovações em disciplinas, elevação do número de faltas ou até mesmo o abandono escolar e suicídio podem ocorrer. Isso piora ainda mais o quadro, já que o aluno fica menos confiante e acaba tendo prejuízos que podem impactar em sua vida, inclusive a longo prazo.
Como identificar alunos com depressão na escola?
De acordo com a OMS, a maioria dos transtornos mentais entre adolescentes não é diagnosticada nem tratada. Por isso, os pais, em parceria com os professores, devem adotar algumas medidas para facilitar a identificação da doença. Veja a seguir quais são as principais.
Mantenha uma boa comunicação
Para que os professores consigam identificar o quadro depressivo, é essencial manter uma comunicação eficiente com os alunos, para que eles se sintam à vontade de expressar suas dificuldades. Muitas vezes, o discente não apresenta os sintomas da depressão de forma evidente, porém pode se queixar deles quando questionado.
Além disso, é importante também incentivar a boa comunicação dos alunos uns com os outros, já que os próprios colegas podem ajudar na identificação da depressão.
Isso também é útil na prevenção dos fatores de risco, já que o estímulo à socialização adequada — por meio dinâmicas de grupo, por exemplo — cria um ambiente de convívio mais saudável.
Incentive a participação da família
Alertar os pais sobre a importância de apoiar os filhos na fase escolar e dedicar parte de seu tempo a eles é essencial para evitar a depressão na escola e outros problemas.
Além disso, de acordo com o INEP, as crianças que têm uma família participativa em sua vida escolar apresentam um desempenho superior às demais.
Caso o aluno já esteja passando por problemas de saúde mental, como a depressão na escola, os pais podem ajudar a identificar o quadro com maior facilidade. Portanto, é importante que o tema seja abordado nas reuniões escolares sempre que possível.
Acompanhe o desempenho dos alunos
A queda do desempenho escolar é um dos principais sintomas da depressão na escola e, também, um dos mais fáceis de serem identificados pelos professores. Com a ajuda de ferramentas tecnológicas para a sala de aula, é possível ter acesso a relatórios de desempenho dos alunos, o que torna o processo ainda mais eficiente.
Além disso, é importante verificar se o aluno está engajado em todas as atividades escolares, inclusive nos fóruns de discussão.
Monitore comportamentos suspeitos
Qualquer comportamento suspeito por parte dos alunos, como uma tendência ao isolamento, perda de interesse por atividades e hobbies ou faltas frequentes deve ser investigado o mais rápido possível. Além disso, é preciso ter atenção ao uso da internet, principalmente redes sociais, já que, quando mal utilizadas, podem estimular a doença.
Na escola, os professores podem, novamente, recorrer a soluções tecnológicas para fiscalizar o que os alunos fazem na internet nos laboratórios. Isso evita acesso a conteúdos inadequados e práticas de cyberbullying, que são muito prejudiciais para todos os alunos.
Crie ferramentas para que os alunos possam se expressar.
Utilize ferramentas que os alunos possam expressas suas preocupações e anseios, se identificando ou de forma anônima, estabelecendo um canal de confiança. Esses canais são importantes para que os alunos se sintam acolhidos e valorizados.
A depressão na escola é um problema que precisa ser detectado e tratado precocemente para que não traga problemas difíceis de serem contornados pelos alunos.
Por isso, é preciso ter total atenção aos sinais que apresentamos e encaminhar os alunos para atendimento psicológico caso reconheça algum desses sintomas. A tecnologia pode ser uma grande aliada nesse caso, já que permite acompanhar os alunos mais de perto.
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